Présentation du blog / Presentazione del blog

« Questo blog nasce da una grande passione per la poesia e per i poeti di lingua portoghese. Qui troverete poesie e prose poetiche seguite dalla traduzione in italiano e francese ».

« Este blogue brota de uma grande paixão pela poesia e pelos poetas da língua portuguesa. Aqui vocês encontrarão poemas e prosas poéticas, acompanhados da sua tradução em italiano e francês ».

« Ce blog est né d'une grande passion pour la poésie et les poètes de langue portugaise et a pour vocation de vous les faire découvrir. Vous trouverez ici les poèmes, en vers ou en prose, de poètes de tous horizons, accompagnés de leur traduction en italien et en français ».


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Biografia


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Biografia
Biografia


colaborou
manifestou
apreciou
indagou
condenou rezou
assinou rezou
defecou rezou
e assim passou
os seus dias
e as noites
quentes e frias
collaborò
manifestò
apprezzò
indagò
condannò pregò
firmò pregò
defecò pregò
e passò così
i suoi dì
e le sue notti
al caldo e al freddo
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Jusepe de Ribera
Vecchio legato a un albero e giovane che defeca (~1627-1630)
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AUTEUR SUIVI / AUTORE SEGUITO



Nuno Rocha Morais

Nuno Rocha Morais (Porto, 1973 – Luxemburgo, 2008) foi um poeta português. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Ingleses) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1995.

Fazer o quê de todo este mel...


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Fazer o quê de todo este mel...
Que faire de tout ce miel...


Fazer o quê de todo este mel,
Do crescendo das tardes em ouro, pólen e Verão,
Se a vida è, afinal, sempre e só
Dos outros, afinal, sempre e só
Transformada em vala comum,
Onde tentar o bem nosso
Pelo bem dos outros
Já não é sequer o mal menor,
Cansados de mais, brutos de mais,
Nós mesmos de mais,
Sempre morais numa impossível
E exaltada falta de paciência,
Numa pressurosa falta de ternura,
Nós sempre tão corredios,
Sardónicos até nos estertores,
Impérvios a essa música que nos tece
Perdidos em pleno espaço?
Há ainda um risco para nos salvar
De toda esta segurança,
Do geométrico, bancário, ergonómico
Acomodar-se da alma,
Do espírito flácido e famélico,
Algo que nos possa restituir
O gosto dos dias,
Esse que teremos na boca
Em hora extrema, ainda o gosto dos dias?

Que faire de tout ce miel,
Du crescendo des soirées d'or, Été et pollen,
Si la vie, pour finir, est toujours et seulement
Celle des autres, pour finir, toujours et seulement
Transformée en fosse commune,
Où risquer notre bonheur
Au bonheur des autres
N'est pas le moindre mal,
Trop épuisé, trop alourdi
Par trop de nous-même,
Toujours régulier dans cet impossible
Et exalté manque de patience,
Dans ce manque assidu de tendresse,
Nous toujours si désinvolte,
Sardonique jusque dans les affres,
Imperméable à cette musique qui nous entre-tisse
Perdu en plein espace ?
Y a-t-il une chance encore que nous soyons
Délivré de cette protection,
Géométrique, bancaire, ergonomique
Accommodements de l'âme,
De l'esprit claudicant et famélique,
Une chose que nous pourrions restituer,
Comme la saveur des jours,
Celle que nous aurons dans notre bouche
À l'heure extrême, la saveur encore des jours ?

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Philippe Croq - Ohé (2010)
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Últimos Poemas (2009)

Ilustrações de Rasa Sakalaité




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