Présentation du blog / Presentazione del blog

« Questo blog nasce da una grande passione per la poesia e per i poeti di lingua portoghese. Qui troverete poesie e prose poetiche seguite dalla traduzione in italiano e francese ».

« Este blogue brota de uma grande paixão pela poesia e pelos poetas da língua portuguesa. Aqui vocês encontrarão poemas e prosas poéticas, acompanhados da sua tradução em italiano e francês ».

« Ce blog est né d'une grande passion pour la poésie et les poètes de langue portugaise et a pour vocation de vous les faire découvrir. Vous trouverez ici les poèmes, en vers ou en prose, de poètes de tous horizons, accompagnés de leur traduction en italien et en français ».


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Saudades de Alexandria


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Saudades de Alexandria
Nostalgia di Alessandria


Posso dizer a idade da sombra
onde o nome repousa
mas é um jogo mortal
deixar esse abismo
descoberto
alguém pode encontrar a morte

Posso dizer: recuperem dos espelhos
as sublimes imagens
tragam-me a beleza antiga
um dia incendiada

Ah tenho saudades de Alexandria
onde os poemas se escreviam
para o fogo
o único recitador tão perfeito
que não se repete.
Posso dire l’età dell’ombra
ove il nome riposa
ma è un gioco mortale
lasciare quest’abisso
scoperto
qualcuno potrebbe trovarvi la morte

Posso dire: recuperate dagli specchi
le immagini sublimi
riportatemi l’antica bellezza
un giorno incendiata

Ah ho nostalgia di Alessandria
ove si scrivevano le poesie
per il fuoco
l’unico declamatore così perfetto
che non richiede repliche.
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Ceramica di Aslı Çavuşoğlu
Mucem, Marsiglia. I due volti di Alessandria (2013)
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AUTEUR SUIVI / AUTORE SEGUITO



Nuno Rocha Morais

Nuno Rocha Morais (Porto, 1973 – Luxemburgo, 2008) foi um poeta português. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Ingleses) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1995.

Um porto – a putrescência da chegada...


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Um porto – a putrescência da chegada...
Un porto – la putrescenza dell'arrivo...



Um porto – a putrescência da chegada,
Mescla de cânhamo, gasóleo, maresia.
Trepidação, gritaria, a água imunda,
Mas irisada com os rastos de óleo,
Um espelho talvez mais rigoroso.
Pestanejamos para habituar os olhos
Ao fim da viagem, às cores mais sombrias.
Resta saber se teremos de facto viajado,
Se nos tisnámos sob sóis bastantes
Para nos fazer mudar de pele,
Se fugimos às cordas de latitudes,
Se há longitudes que nos alcançaram,
Se o remisso regresso é só mais um revés,
Só mais um grau na translação da angústia.
O que saberemos quando se der o leve baque
Com que a terra nos recebe?
Un porto – la putrescenza dell’arrivo,
Miscela di canapa, gasolio, salsedine.
Trepidazione, trambusto, l’acqua sudicia,
Ma iridescente per le chiazze d’olio,
Uno specchio probabilmente più preciso.
Ammicchiamo per abituare gli occhi
Alla fine del viaggio, ai colori più cupi.
Resta da sapere se abbiamo davvero viaggiato,
Se i soli che ci hanno abbronzato sono bastati
Per farci cambiare di pelle,
Se siamo sfuggiti alle corde delle latitudini,
Se ci sono longitudini che ci hanno catturati,
Se lo svogliato ritorno non è che un’altra sventura,
Solo un rinviare d’un altro po’ l’angoscia.
Che cosa sapremo quando si sentirà il lieve urto
Con cui la terra ci riceve?

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Claude Gelée detto Le Lorrain
Lo sbarco di Cleopatra a Tarso (1642)



Últimos Poemas (2009)

Ilustrações de Rasa Sakalaité




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